segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Adolescente pede pena máxima para fazendeiro

"Espero que ele pegue a pena máxima. Ele não só matou o Fábio, mas destruiu também o sonho de construção de uma família", declarou a adolescente, filha da enfermeira Rosineide, no encerramento do seu depoimento diante do Tribunal do Júri do Fórum do Paranoá. A jovem foi agredida e obrigada a fazer sexo oral com fazendeiro Flávio Parente de Macedo, acusado de assassinar o médico Fábio Henrique de Oliveira. Por volta das 13h, o julgamento do fazendeiro Flávio Macedo foi interrompido para o almoço. O último a depor no período da manhã foi o motorista Francisco Joaquim, empregado como caminhoneiro na loja de material de construção Luzi Quinta, do acusado. Ele reafirmou, diante dos integrantes do Tribunal do Júri do Fórum do Paranoá, que o fazendeiro ofereceu-lhe R$ 5 mil para ajudá-lo no crime. Na hora, o Francisco Joaquim não disse que aceitava ou que recusava. Preferiu o silêncio, embora estivesse determinado a não participar de crime algum.
Analfabeto, ele disse que pediu a uma pessoa conhecida que escrevesse uma carta para alertar a enfermeira Rosineide sobre o que o seu ex-marido estava tramando. Levou a carta até o condomínio, na portaria soube que Rosineide havia viajado e deixou a carta com o porteiro. Mas não soube dizer que fim teve a carta.

Laranja
O caminhoneiro trouxe à tona mais uma faceta do fazendeiro. Segundo ele, Flávio Macedo, tempos atrás, pediu-lhe todos os documentos e ele os entregou. O fazendeiro colocou o caminhoneiro como proprietário da loja de material de construção. Francisco Joaquim só soube da tramoia do patrão quando foi surpreendido por uma cobrança da Receita Federal a respeito de uma dívida de impostos. Assustado, negou que fosse proprietário de alguma loja, mas que a sua condição era apenas de empregado. Flávio Macedo o havia colocado como "laranja" para fugir da cobrança do Fisco.


As informações, diretamente do Tribunal do Júri do Paranoá, foram repassadas ao blog pelo estudante de jornalismo Vinícius Borba, estagiário na Secretaria de Proteção às Vítimas de Violência

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