quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pró-Vítima defende política pública aos cidadãos agredidos


Servidores e colaboradores participaram, terça-feira (28/7), da conferência livre, promovida pela Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, destinada à construção de proposta -- princípios e diretrizes -- para a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, que ocorrerá, de 27 a 31 de agosto, em Brasília, sob a coordenação do Ministério da Justiça. Por consenso, foram aprovados dois princípios e três diretrizes que contemplam a institucionalização de mecanismos de proteção e de defesa dos direitos das vítimas de violência em todo o país. O documento final do encontro será enviado à comissão do Ministério da Justiça responsável pela organização da conferência nacional.

O foco das discussões do Pró-Vítima foi o Eixo 5 do documento-base da Conferência —Prevenção social do crime e das violências e construção da cultura de paz. A proposta aprovada prevê que o Estado brasileiro terá a responsabilidade de desenvolver ações multidisciplinares e intersetoriais para assegurar assistência e proteção às vítimas da violência em todo o País.

Na avaliação dos participantes, os encontros realizados no Distrito Federal buscaram reforçar os mecanismos e instrumentos voltados à repressão do crime e da violência, mas não levaram em conta os danos individuais e familiares provocados pelas diferentes formas de agressão.

Para a subscretária Valéria de Velasco, embora seja importante estabelecer políticas de ressocialização dos infratores, é essencial que o Estado tenha ações voltadas às pessoas atingidas pela violência de maneira direta ou indireta, com a perda de parentes, que, na maioria das vezes, desenvolvem problemas psicológicos (estresse, depressão) e até mesmo patologias, como hipertensão e outras doenças, que comprometem seriamente a sua rotina de vida. Essas pessoas precisam receber atenção multidisciplinar dos órgãos de Estado para que possam retornar à vida normal.

Ainda durante o encontro foi constatado que o artigo 5º da Constituição Federal, que trata dos direitos e garantias individuais, assegura proteção e respeito aos condenados pela Justiça, mas ignora a vítima. Apenas o artigo 245 da Constituição de 1988 define os direitos das vítimas de ações criminosas.Apesar da violência não distinguir as classes sociais e a todos atingir de forma indiscriminada, a Constituição prevê assistência "aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso, sem prejuízo da responsabilidade civil do autor do ilícito". No entanto, esse dispositivo precisa ser regulamentado por lei para que sejam definidas as hipóteses e condições em que o Poder Público dará assistência à vítima. Ou seja, os constituintes não inseriram na Carta de 1988 dispositivos que assegurassem a proteção e a assistência necessária aos cidadãos agredidos, independentemente da condição socioeconômica. Em contrapartida, a Organização Mundial de Saúde (OMS) trata a questão da violência como epidemia pelas perdas que ela impõe aos cidadãos, à sociedade e ao Estado. Assim, se há uma epidemia, as vítimas precisam de tratamento adequado.

Do encontro promovido pelo Pró-Vitima, no auditório do Colégio Militar de Brasília, participaram, além dos sevidores da Sejus e estagiários do programa nas áreas do direito, serviço social e psicologia, a presidente da organização não-govenamental Rodas da Paz, Beth Davison, e a coordenadora-geral do projeto Bibliotecas Casas do Saber, Carmen Ganzelevitch Gramacho. Ambas ofereceram-se como voluntárias às ações do Pró-Vitima.


O que foi aprovado na Conferência Livre do Pró-Vítima

Princípios

— A política Nacional de Segurança Pública deve estabelecer políticas de acolhimento, assistência e atendimento multidisciplinar aos cidadãos vítimas de violência, assegurando meios adequados a reparação dos danos causados pelas diferentes formas de agressão.
— A segurança pública nacional deve se pautar pela responsabilidade compartilhada entre o poder público, família, escola e comunidade com o objetivo comum de proteger a vida, prevenir o crime e promover a cultura de paz.

Diretrizes
— Investir, aprimorar e divulgar os programas sociais já existentes, voltados às vítimas de violência, bem como propiciar programas de base comunitária, como atividades culturais, esportivas e entretenimento.
— Promover a inclusão e o comprometimento das famílias no desenvolvimento de ações comunitárias e educacionais de construção da cidadania e da cultura de paz.
— A segurança publica deverá promover a divulgação permanente para a sociedade dos índices de criminalização nas áreas discriminadas por segmentos e setores comunitários atingidos pela violência, acompanhados das respectivas medidas de enfrentamento.





segunda-feira, 27 de julho de 2009

Polícia Federal lança Campanha de Desarmamento

A Polícia Federal lançou, nesta segunda-feira (27/7), em Brasília, a segunda etapa da Campanha de Desarmamento, que se estenderá a te 31 de dezembro, com a emissão de registro de armas gratuito. A partir de 1º de janeiro de 2010, as exigências voltam a valer e as taxas para o registro serão cobradas. De acordo com balanço da instituição, de janeiro de 2008 a 17 de junho último, foram apreendidas 99 armas, emitidos 10 portes, recuperados 173 equipamentos oriundos de furtos e roubos e expedidos 2.258 registros de armas.

O diretor de Combate ao Crime Organizado da PF de Brasília, delegado Roberto Troncon, disse que a população deve ficar alerta sobre o prazo e a forma adequada para fazer o recadastramento das armas, ou a sua devolução. “Quem não recadastrar as armas, que tem até o dia 31 de dezembro, poderá, a partir de janeiro, estar cometendo crime”, disse Troncon. Por isso, a importância das pessoas receberem todas as informações sobre como proceder para efetivar o recadastramento, pois se forem pegas, poderão responder por porte ilegal de arma e cumprir até três anos de detenção.

Apesar de a mobilização ser em âmbito nacional, a Polícia Federal em Mato Grosso, juntamente com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ainda não tem uma coordenação específica para tratar a questão. Essa composição, segundo assessoria de imprensa da Sejusp, deverá ser feita nesta semana. A PF, que geralmente encabeçava a campanha, desta vez informou por meio da assessoria de imprensa que a responsabilidade de gerenciar a ação está com a Polícia Civil, que até ontem não tinha um cronograma de ações definido, e que informou, também pela assessoria, que aguardaria a orientação da Sejusp.

Nos demais estados, está definido que o recadastramento pode ser feito nas unidades da Polícia Federal e das polícias estaduais, bem como nas lojas ligadas à Associação Nacional da Indústria de Armas e Munição (Aniam) e pelo site http://www.dpf.gov.br/. Em casos de entrega da arma, o dono poderá receber, posteriormente, uma indenização que pode variar entre R$ 100 e R$ 300.

Conforme o membro da ONG Movimento Viva Brasil – parceira na atividade -, Alber Cerqueira, a campanha é extremamente importante para reduzir os índices de criminalidade no país. “O recadastramento das armas é um instrumento fundamental para que a PF tenha controle sobre as armas que circulam no Brasil, tanto nas mãos de civis como de policiais, magistrados e empresas de segurança”, disse Alber.

Congresso debate o Programa Justiça Comunitária

O Congresso Internacional Psicossocial Jurídico, que acontece de 20 a 24 de outubro, traz para discussão o Programa Justiça Comunitária: destinado a democratizar a realização da Justiça, estimulando a comunidade a desenvolver mecanismos próprios de resolução de conflitos, por meio do diálogo, da participação comunitária e da efetivação dos direitos humanos. Para isso, conta com voluntários treinados, os Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania. Eles agem como facilitadores de diálogos, visando os acordos e o fortalecimento da comunidade.

Apontado como referência nacional pelo Ministério da Justiça, o programa está sendo expandido por meio de uma parceria entre o TJDFT e a Secretaria de Reforma do Judiciário e visa à implantação de núcleos de Justiça Comunitária em todo o país. O Programa Justiça Comunitária foi idealizado pela Juíza Glaucia Falsarella e implantado no Distrito Federal em 2001. O programa estimula a comunidade a construir e a escolher seus próprios caminhos para realização da Justiça, de maneira pacífica e solidária.

O Programa Justiça Comunitária será um dos temas a serem abordados no Congresso Internacional Psicossocial Jurídico, que ocorre em outubro. As inscrições e a programação completa estão disponíveis no site
www.congpsicossocialjuridico.com.br. A previsão é de que 1.200 pessoas se inscrevam para o evento, que será realizado no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, localizado no Setor Hoteleiro Sul, em Brasília/DF.

Outras informações nos telefones 3961.5427/3961.5428.
Temas do Congresso:
- Abuso Sexual
-
Adoção Nacional e Internacional
- Adolescente em Conflito com a Lei
- Atendimento a Idosos
- Depoimento sem Dano- Disputa de Guarda
- Institucionalização de Crianças e Adolescentes
- Justiça Comunitária
- Justiça Restaurativa
- Lei Maria da Penha
- Maus-tratos contra Crianças
- Penas Alternativas
- Presos e Egressos
- Uso de Drogas
- Redes Sociais
- Violência Conjugal

Fonte: Tribunal de Justiça do DF e Território

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sejus inaugura escola no Caje II

O secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Alírio Neto, inaugura segunda-feira próxima (27/7), às 10h, a Escola do Centro Sócioeducativo (Caje II/Cesami), localizada na Fazenda Papuda. A unidade de ensino, que abrange o ensino médio e fundamental, vai atender adolescentes em situação de evasão escolar e analfabetos, com vínculo rompido com a rede de ensino.

Segundo o secretário, a escola é mais um passo do GDF na política de resgate da cidadania, motivação e da autoestima dos 120 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no local. A implantação da unidade é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania e a Secretaria de Educação.

Conforme Elizabeth Garcia Rodrigues, diretora da instituição, a escola, além de fazer parte do trabalho de ressocialização dos jovens, cumpre determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de oferecer escolarização aos internos.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Sejus

Mutirão da Cidadania

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania avisa que todos os meses, a partir de agosto, promoverá um Mutirão da Cidadania, em cada região administrativa do Distrito Federal, com a participação de todos os integrantes de sua equipe e dos órgãos vinculados. O objetivo é orientar a população sobre os serviços e atribuições da Sejus. A nova agenda foi inspirada no sucesso do último mutirão, realizado em 2 de julho, na Esplanada dos Ministérios.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pró-Vítima promove encontro dia 28

Toda a equipe da Subscretaria de Proteção às Vítimas de Violência participará, terça-feira próxima (28), do encontro "Pró-Vítima - O Sistema de Proteção Multidisciplinar a Vítimas de Violência e sua inserção na Política Nacional de Segurança com Cidadania". O evento ocorrerá, das 9h às 16h, no auditório do Colégio Militar de Brasília.

De acordo com a subsecretária de Proteção às Vítimas de Violência, Valéria de Velasco, o encontro terá dois momentos. O primeiro será dedicada exclusivamente à atuação da Subscretaria. A equipe do Pró-Vítima fará um balanço dos resultados alcançados pelo programa, avaliará as rotinas e princípios.

Conferência Livre
Na segunda etapa do encontro será a Conferência Livre do Pró-Vítima, que terá como tema "O poder público e a proteção da vida – como fazer a diferença na construção de uma política cidadão de segurança pública". Os participantes vão construir propostas para a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), que ocorrerá de 27 a 30 de agosto, em Brasília, promovida pelo Ministério da Justiça.

Serviço:
Encontro "Pró-Vítima - O Sistema de Proteção Multidisciplinar a Vítimas de
Violência e sua inserção na Política Nacional de Segurança com Cidadania"
Data: 28 de julho
Horário: das 9h às 16h
Local: Colégio Militar de Brasília - 902 Norte
Exigência: Todos os participantes deverão se apresentar na portaria do CMB com o respectivo crachá de identificação.
Mais informações: Eliane - Telefone: 3905-7152

Semana da Amamentação começa dia 1º de agosto


"Amamentação em todos os momentos - mais saúde, carinho e proteção" é o tema da Semana Mundial da Amamentação, escolhido pelo Ministério da Saúde, que este ano ocorrerá de 1º a 8 de agosto. No Distrito Federal, a semana será aberta, às 9h do dia 1º, no Parque da Cidade, pela Secretaria de Saúde, Coordenação para Assuntos da Mulher, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, e pela primeira-dama, Flávia Arruda.

A campanha objetiva divulgar em todo o mundo, amplamente as vantagens e a importância da amamentação para a saúde da mãe e da criança e sensibilizar sobre a importância da promoção, proteção e apoio ao aleitamento natural. Desse modo, as mães podem ser ajudadas e aconselhadas, desfazendo mitos, prevenindo e ou tratando as complicações que podem prejudicar a amamentação, e sobretudo, contribuindo para aumentar a autoconfiança das mães, condição básica para o sucesso da amamentação.

Proteção e mais saúde
Amamentar no peito significa proteger a saúde do bebê de doenças como diarréias, distúrbios respiratórios, otites e infecções urinárias. Somado a isso, um estudo da Organização Mundial da Saúde mostra que o aleitamento materno como único alimento ao longo dos primeiros seis meses de vida pode reduzir em até um quinto os índices de mortalidade infantil em países em desenvolvimento.

Especialistas também acreditam que o bebê amamentado conforme o recomendado terá menos chance de desenvolver diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e, em mulheres, ajuda no combate à osteoporose. Para as mães, a amamentação proporciona redução do sangramento após o parto, diminuição da incidência de anemia, câncer de mama e ovário. Ótimos motivos não faltam para que o leite materno seja o alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê

A Semana Mundial da Amamentação Materna (SMAM) foi idealizada pela WABA (World Alliance for Breastfeeding Action) que define o tema central da campanha a cada ano, o qual passa a ser discutido nos diversos países, unificando assim as comemorações em todo o mundo desde 1992. Cerca de 12 países participam da mobilização todos os anos. A abordagem de diferentes temas faz com que este seja um método efetivo de mobilização de todos os segmentos da sociedade em prol da promoção do aleitamento natural.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Adolescentes e jovens em risco

O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) foi desenvolvido para medir o impacto da violência nesse grupo social, monitorar o fenômeno e avaliar a aplicação de políticas públicas

Foi divulgado, nesta terça-feira (21/7), o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que apresenta o risco sofrido por adolescentes, entre 12 e 18 anos, de ser vítimas de assassinato nas grandes cidades brasileiras. Segundo a análise, os homicídios representam 46% de todas as causas de mortes dos cidadãos brasileiros nesse faixa etária.

O IHA foi desenvolvido no âmbito do Programa Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens, uma iniciativa coordenada pelo Observatório de Favelas e realizada em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj).

O estudo avaliou 267 municípios do Brasil com mais de 100 mil habitantes e chegou a um prognóstico alarmante: estima-se que o número de adolescentes assassinados entre 2006 e 2012 ultrapasse a 33 mil se não mudarem as condições que prevaleciam nessas cidades. O munícipio de Luziânia (GO), o mais próximo do Distrito Federal, está no rol daqueles em que a violência é uma ameaça à juventude.

O IHA revela ainda que raça, gênero, idade e territórios são fatores que aumentam as chances de um adolescente ser vítima de homicídios. Segundo o índice, os meninos entre 12 a 18 anos têm quase 12 vezes mais probabilidade de ser assassinados do que as meninas dessa mesma faixa etária. Já os adolescentes negros têm quase três vezes mais chance de morrer assassinados do que os brancos. Outro fator apontado é que a maioria dos homicídios é cometida com arma de fogo.

A análise do IHA mostrou também os municípios em que os adolescentes estão mais vulneráveis a esse tipo de violência. Enquanto a média da analise foi de 2 homicídios para cada 1.000 adolescentes, identificou-se 20 municípios onde este número foi igual ou maior a 5.

Os resultados do estudo só reforçam a necessidade de implementação e expansão de programas e ações para a educação e promoção dos direitos de crianças e adolescentes em todo o País, avaliam os órgãos parceiros na elaboração e criação do IHA.


Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens (PRVL
)

A Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) trabalha com foco nas ações prioritárias da Agenda Social Criança e Adolescente, lançada em outubro de 2007, que estabelece o Compromisso Nacional pela Redução da Violência contra Crianças e Adolescentes firmado pela União com os municípios, os Estados e o Distrito Federal. Uma das ações promovidas pela SEDH, por meio do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), é a parceria para a implementação do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL).

O PRVL é realizado em conjunto pela SEDH, UNICEF e Observatório de Favelas, que coordena o trabalho desenvolvido em parceria com o Laboratório de Análise de Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj).

O Programa de Redução da Violência Letal (PRVL) visa à promoção de ações de sensibilização, à articulação política e à produção de mecanismos de monitoramento, no intuito de assegurar que as mortes violentas de adolescentes e jovens sejam tratadas como prioridade na agenda pública. Com o objetivo de contribuir para a difusão de estratégias pautadas na valorização da vida, o PRVL foi pensado a partir de três eixos:

Articulação Política - prevê ações de articulação nacional e de mobilização de diferentes atores sociais nas regiões envolvidas.

Produção de Indicadores - monitora a evolução dos homicídios entre adolescentes, por meio do o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), criado pelo PRVL.

Sistematização de Experiências - envolve o levantamento, análise e difusão de metodologias que contribuem para a prevenção da violência e, sobretudo, para a redução das taxas de letalidade de adolescentes e jovens no Brasil.

O PRVL conta com pesquisadores locais para realizar o levantamento de ações públicas e práticas sociais de prevenção à violência, buscando identificar, em 11 regiões metropolitanas com altos índices de letalidade, iniciativas que possam orientar políticas públicas abrangentes.

Regiões metropolitanas: Belém (PA); Belo Horizonte (MG); Brasília (DF); Curitiba (PR); Maceió (AL); Porto Alegre (RS); Recife (PE); Rio de Janeiro (RJ); Salvador (BA); São Paulo (SP); Vitória (ES

terça-feira, 21 de julho de 2009

Resumo do noticiário

21/07/2009


Preso rapaz que atropelou PM

[Correio Braziliense]
A Polícia Civil confirmou o estudante Michael Walisson Quirino, 20 anos, como responsável pelo atropelamento e a consequente morte do sargento da Polícia Militar Carlos Oliveira Alves, 45.
O policial fazia cooper com dois colegas numa calçada em frente à QNL 17, em Taguatinga, por volta das 18h de domingo, quando foi atingido pelo Fiat Palio (placa JHU 9724-DF).
O veículo era dirigido por Michael, que fez o exame do bafômetro e estava alcoolizado (o resultado apontou 0,61 miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões).
Só na última semana, 92 motoristas foram autuados por dirigir depois de beber no Distrito Federal — 32 deles foram encaminhados para a delegacia, por apresentarem concentração de álcool no sangue superior a 0,34 mg/l.
http://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=21&mes=07&ano=2009&idnoticia=81312

Menores do Entorno do DF se exibem com armas na internet, diz polícia
Garotos de 12 a 16 anos colocaram imagens em site de relacionamento.Eles também publicaram fotos do que seria dinheiro roubado e drogas.
Do G1, com informações do Bom Dia DF
Uma investigação policial feita na Cidade Ocidental (GO), que fica a 48 km de Brasília, descobriu imagens surpreendentes em um site de relacionamentos. São jovens, segundo a polícia, envolvidos com gangues, muitos deles menores de idade. Eles se exibem nas fotos portando armas e mostrando dinheiro supostamente roubado, além de material que aparenta ser droga.
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1235971-5598,00.html

Polícia levanta fontes de produção e pontos de venda do crack no DF

20/07/2009 -

Carlos Caronecarone@jornaldebrasilia.com.br
Apenas dez segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação. Respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguidos de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência. Justamente pensando nessa fonte de autodestruição, traficantes que atuam no Distrito Federal começaram a investir em pontos de distribuição e preparo da droga, como apontam investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Os agentes que trabalham diretamente com repressão às drogas ainda não tinham notícias de laboratórios de produção de crack na capital da República, até pouco tempo. No entanto, novas informações levaram à descoberta de locais utilizados para a "endolação" do crack. Na gíria do tráfico, a ação de endolar se resume ao ato de colocar as drogas, como o crack, cocaína e maconha, em invólucros de plásticos, para a venda aos usuários.
http://www.clicabrasilia.com.br/portal/noticia_new.php?IdNoticia=108735


sábado, 18 de julho de 2009

Campanha: “Eu dôo talento”

A proposta é criar uma ponte entre pessoas que desejam fazer trabalho voluntário e instituições que necessitam desse trabalho

Trata-se de uma parceria entre o Sindjus-DF e os órgãos do Judiciário e Ministério Público. O Sindicato faz a triagem das instituições e disponibiliza os endereços, nomes para contatos e necessidades mais urgentes de cada uma. Essas informações podem ser consultadas no site do Sindjus ou por telefone, com a funcionária responsável pela campanha.

Assim, cada servidor que se interesse em doar algumas horas do seu tempo e do seu talento terá informações precisas sobre quem precisa do quê, onde, quando e como.

O objetivo dessa campanha vai além de atender necessidades materiais de entidades e pessoas desassistidas. Ela visa criar um vínculo entre o voluntário e o grupo atendido, modificando uma ultrapassada noção de caridade. Visa dar oportunidades de mudança e crescimento pessoal para ambos: quem dá e quem recebe. Desse modo, espera-se criar ações contínuas e auto-sustentáveis, que não se esgotem numa iniciativa pontual.

A campanha apóia-se em duas idéias centrais. A primeira é que cada pessoa tem um ou vários talentos, ou seja, uma ou várias atividades que gosta de fazer. A doação desse talento, portanto, não é um sacrifício, e sim um prazer. A segunda idéia é que toda contribuição é importante. Por exemplo: numa creche, contar histórias para as crianças vale mais do que doar brinquedos; num asilo, ouvir histórias dos idosos pode ser melhor que doar roupas.

Dessa forma, todos serão estimulados a doar atitudes, serviços e aptidões, nas mais variadas áreas: da cozinha à contabilidade, das compras às artes, do corte e costura à administração. Sabemos que, neste país, carências não faltam. Boa vontade das pessoas também não falta. Por isso é preciso fazer a ponte.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

VALORES (merece ser lido)

O respeitado jornalista Clóvis Rossi, na edição de 15 de julho do jornal Folha de S.Paulo, publica um artigo de sua autoria que revela profunda sintonia com os objetivos e a filosofia do Programa de Proteção às Vítimas de Violência. Está sincronizado com o trabalho de cada um dos integrantes da equipe da Subscretaria de Proteção às Vítimas de Violência que busca ser a mão acolhedora para aqueles que, até então, eram invisíveis aos olhos do poder e da maioria da sociedade.

Valores
Clóvis Rossi
SÃO PAULO - A seção brasileira do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) informa que o próximo relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil terá como tema "valores". O tema surgiu de uma pesquisa que envolveu 500 mil brasileiros, a partir da pergunta "O que deve mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade?".
As respostas majoritárias foram: respeito, justiça, paz, ausência de preconceito, humanidade, amor, honestidade, valor espiritual, responsabilidade e consciência -conjunto de conceitos afinal reunido no tema "valores".
Surpreso com esse tipo de preocupação em um país tão escandalosamente macunaímico? Até o coordenador do relatório, Flávio Comim, se diz surpreso, mas atribui o resultado ao fato de que, pela primeira vez, esse tipo de pesquisa continha uma pergunta aberta, com o que "as pessoas falaram o que quiseram".
Para mim, o resultado é absolutamente surpreendente. Juraria que, fora um punhado de indignados, uma parcela importante, talvez majoritária, dos brasileiros tivesse incorporado exatamente o oposto, ou seja, a ausência de qualquer tipo de respeito a valores do tipo honestidade, responsabilidade e consciência.
Está todo mundo cansado de saber que a corrupção, o trambique, a cara-de-pau, não são uma exclusividade dos políticos. Com perdão por recorrer a um desgastado lugar-comum, cristalizou-se a ideia de que o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo, como dizia antiga propaganda de cigarro.
Vai ver que o brasileiro cansou da esculhambação.

Começa a etapa distrital da Conferência Nacional de Segurança Pública

Mais de mil pessoas participam da etapa distrital da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg). A cerimônia de abertura ocorreu hoje (16), às 19h, no Colégio Militar de Brasília (CMB). Participam do evento a coordenadora geral da 1ª Conseg, Regina Miki, e o secretário de Segurança do DF, Valmir Lemos.

A conferência terminará no sábado (18), quando serão aprovadas as propostas dos brasilienses para o enfrentamento à violência e à criminalidade no país. O Distrito Federal também vai eleger 29 representantes que terão direito a voz e voto na etapa nacional da 1ª Conseg, marcada para 27 a 30 de agosto, em Brasília.

Convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2008, a Conferência Nacional reúne, pela primeira vez, representantes dos profissionais da área, da sociedade civil e do poder público para discutir o tema e propor soluções. O objetivo é criar princípios e diretrizes para uma política nacional de segurança pública.

Entre abril e maio, foram realizadas as conferências municipais em todas as regiões do país. Até o fim de julho, ocorrem as etapas estaduais. Além disso, existem formas alternativas de participação, como as conferências livres e a virtual, que promove discussões por meio do site www.conseg.gov.br.
Serviço
Etapa distrital da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública
Periodo: de 16 a 18 de julho de 2009
Local: Colégio Militar de Brasília
Setor de Grandes Áreas Norte (SGAN) 902/904
Asa Norte - Brasília (DF)

A Conferência

n O que é

A 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública tem como objetivo geral definir princípios e diretrizes orientadores da política nacional de segurança pública. Pela primeira vez na história do Brasil, isso será definido em conjunto pela sociedade civil, pelos trabalhadores da área e pelo poder público. Como toda Conferência Nacional, foi convocada por decreto presidencial.

n Como funciona

A 1ª Conseg é um processo que inclui etapas preparatórias encaminham propostas para a etapa nacional ou incentivam o debate sobre o tema e eletivas além de enviar propostas, elegem representantes com direito a voz e voto na Conferência Nacional. Todas as contribuições reunidas ao longo desse processo serão sistematizadas e transformadas em um relatório, que será votado na etapa nacional, entre 27 a 30 de agosto, em Brasília.

n Etapas preparatórias

- Conferências livres: organizadas por qualquer grupo de pessoas ou entidade. Amplia a participação para os mais diversos segmentos sociais, que podem organizar as suas próprias conferências e enviar suas contribuições para a etapa nacional da 1ª Conseg.

- Conferência virtual: realizada por meio do site www.conseg.gov.br, com realização de bate-papos e fóruns de discussões.

- Seminários temáticos: eventos que incentivam o debate sobre temas específicos, como O papel da mídia na segurança pública e, ao final, encaminham propostas para a Conferência Nacional.

- Conferências municipais preparatórias: quando o município tem menos de 200 mil eleitores e não faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), não elege representantes, mas pode contribuir com propostas.

- Projetos especiais: incentiva o debate sobre o tema por meio de festival de música, mostra de vídeo, prêmio nacional de monografia, concurso de desenho e semana de mobilização nas escolas.

n Etapas eletivas

- Conferências municipais eletivas: realizadas nos municípios com mais de 200 mil eleitores ou parceiros do Pronasci. Ocorreram entre abril e maio deste ano. Cada município elegeu um representante para a etapa estadual (um guarda municipal) e dois para a etapa nacional (um da prefeitura, indicado pela poder público local, e um da sociedade civil).

- Conferências estaduais: ocorrem entre junho e julho. Também aprovam
propostas, que são enviadas para a etapa nacional, e elegem representantes.

- Conferência nacional: É o ponto culminante de todos os debates realizados desde dezembro de 2008. Mais de 3 mil pessoas participarão da etapa nacional, que ocorre em agosto, em Brasília. A composição das etapas eletivas é a mesma em todos os níveis (municipal, estadual e nacional): 40% dos participantes são da sociedade civil, 30% são trabalhadores da segurança pública e 30% representantes do poder público.

n Qual será o resultado?

Os princípios e diretrizes aprovados na 1ª Conseg, por todos os segmentos da sociedade, vão nortear a criação de políticas públicas na área de segurança em todas as esferas federal, estadual e municipal. O objetivo é que se construa, a partir do que for definido na Conferência, uma política de Estado, e não mais de governo. Ações que sejam planejadas a longo prazo e construídas com a participação da sociedade civil e dos trabalhadores da área.

Conferência Livre defende prevenção da violência

Os 95 participantes da Conferência Livre, realizada em 9 de julho, elegeram sete princípios e 21 diretrizes para contribuir na construção de uma nova política de segurança pública, que começará a ser discutida na última semana de agosto, quando ocorrerá a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública. O tema “Construção de uma Cultura de Paz”, levado ao encontro pela Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência (Pró-Vítima) atraiu 40 participantes. Uma das preocupações do grupo é estabelecer mecanismos de prevenção da violência e a institucionalização de políticas públicas voltadas ao acolhimento, assistência e proteção às vítimas. A seguir a íntegra dos princípios e diretrizes aprovados na Conferência Livre:

PRINCÍPIOS:

1) Aprimoramento e efetiva aplicação das leis, garantindo o seu respeito e a certeza da punição.

2) A segurança do cidadão e da cidadã de se pautar em um paradigma de igualdade e fraternidade que integre os direitos individuais e da coletividade.

3) Garantia plena dos direitos de cidadania.

4) Amplo combate à corrupção.

5) O plano nacional de segurança pública deve estar pautado por políticas de prevenção, responsabilidade social e dignidade do profissional de segurança pública.

6) Proteção e respeito ao cidadão.

7) O plano nacional de segurança pública deve estar pautado na proteção e defesa da sociedade, de forma igualitária.


DIRETRIZES:

1) Criar o Ministério da Segurança Pública.

2) Criar percentual proporcional de investimentos nos estados para instituir e capacitar “policiais educadores”.

3) Valorização profissional e otimização das condições de prover o acompanhamento bio-psicossocial para o profissional e seus familiares, garantindo também qualificação continuada ao operador de segurança pública.

4) Aperfeiçoar as legislações penal e processual penal de modo que seja garantida a certeza da punição.

5) Integrar família e escola nas ações de prevenção da violência.

6) Romper com a estrutura prisional criminalizatória que deixa a sociedade refém das práticas violentas, tornando as penitenciárias, espaços que estimulam o crime organizado.

7) Capacitar os agentes de segurança pública no tratamento, sem discriminação,aos diversos segmentos, nas ocorrências de emergência.

8) Integrar a juventude na construção da segurança cidadã e a prática da cultura da paz.

9) Priorizar assistência multidisciplinar às vítimas de violência e suas famílias.

10) Implementar mecanismos que assegurem efetiva participação da sociedade na formulação e implementação da política de segurança pública.

11) Assegurar que os dirigentes das instituições de segurança pública, bem como, corregedores, sejam escolhidos por meio de listas tríplices, garantindo, a permanência na função por período determinado.

12) Universalizar o ensino dos direitos humanos em todos os níveis da educação formal.

13) Constituir conselhos de segurança pública que tenham autonomias, isentos de ideologias e formados pela sociedade.

14) Implementar ações de políticas que passam criar vínculos entre o direito penal e os direitos sociais e civis, visando a ressocialização educativa e profissional das populações vulneráveis à criminalidade e as vítimas.

15) Estabelecer jornada de trabalho não superior a 30 horas semanais e piso salarial nacional.

16) Promover uma política habitacional para profissional de segurança pública.

17) Capacitar a população, mediante cursos específicos, para atuação na área de defesa civil.

18) Garantir a presença efetiva do agente de segurança no cotidiano da sociedade.

19) Priorizar as ações estratégicas e atividades de inteligência que melhorem a capacidade preventiva e eficaz da ação de segurança pública.

20) Interromper o círculo vicioso de conflito e desarticulação institucionalizados entre os órgãos que regulam a mediação social: segurança pública, justiça criminal e ministério público.

21) Criar uma cartilha nacional de primeiros-socorros para orientação da comunidade.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tragédia na entrequadra

Fonte: Correio Braziliense - edição de 15/07/2009


Eram 9,30 de ontem quando a dona de casa Nilva de Almeida Ribeiro, 53 anos, saiu do apartamento onde morava, no Bloco J da 214 Sul, para comprar remédios para a mãe no comércio local da 213 Sul. O favor não pôde ser concluído por causa de uma tragédia.

Um Corsa Sedan placa JIH-5786-DF, que vinha do Eixo L e entrava na comercial da entrequadra, atropelou-a. Ela morreu na hora, a aproximadamente 200m do local onde vivia com o marido e dois filhos.

Os comerciantes das lojas próximas à cena do acidente ouviram o barulho da freada e correram para ver o ocorrido. Nilva faleceu em frente a uma funerária. Uma das atendentes da loja chegou a medir a pulsação da vítima enquanto chamava os bombeiros.

“Encostei dois dedos no pescoço dela para saber se ela estava viva. Mas a mulher deu um suspiro profundo e não apresentou mais nenhum sinal vital. Os bombeiros chegaram em 15 minutos”, relata Jéssica Natália de Oliveira, 18 anos.

Nilva deixa dois filhos adolescentes: Fabrício Ribeiro, 17 anos – o primeiro a chegar ao local do acidente –, e Fabriciane Ribeiro, 14. O viúvo é um sargento da Aeronáutica.

Nilva era conhecida entre os vizinhos como uma pessoa simpática, que passeava com os cachorros na área verde do bloco diariamente. “Ela tratava todo mundo igual, tanto os empregados quanto os moradores. É raro encontrar alguém assim”, diz Luiz Vieira, 38 anos, porteiro do prédio onde Nilva morava.

A dona de casa Onéia Bastista Santos, 49 anos, também esposa de um militar, conduzia o veículo no momento da fatalidade. A motorista foi levada pelos bombeiros ao Hospital de Base, em estado de choque. Ela deve responder por homicídio culposo.

A condutora será encaminhada para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), para prestar depoimento, assim que a situação emocional dela se estabilizar. “Só a perícia vai dizer a causa da morte, mas, aparentemente, a motorista não estava acima da velocidade da via, 60km/h”, informou o tenente Thiago Borges, que atendeu a ocorrência. Nilva atravessava a pista fora da faixa de pedestres.

Onéia mora na 413 Sul e voltava da academia, segundo o cunhado dela José de Souza, 66 anos. O parente relatou que ela teve um princípio de acidente vascular cerebral, por causa do estado nervoso, e está em observação no Hospital de Base do Distrito Federal.

“Ela dirige há 15 anos e não costumava tomar multas”, garante José. Acidentes com vítimas fatais não são comuns nas comerciais da Asa Sul porque a velocidade permitida nessas vias é reduzida.

No entanto, de 2002 a abril deste ano, foram oito mortes em acidentes diversos nessas ruas. Nilva é a primeira vítima fatal registrada em 2009 em quadras comerciais.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Pró-Vítima fará nova conferência livre

A Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência (Pró-Vítima) prepara uma nova edição de Conferência Livre para oferecer propostas à 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, que ocorrerá na última semana de agosto. O Pró-Vítima quer recolher contribuições e elaborar com a comunidade alternativas de ações de prevenção da violência, com o objetivo de favorecer à construção de uma cultura de paz.
De acordo com a subsecretária de Proteção às Vítimas de Violência, Valéria de Velasco, é essencial que a futura política nacional de segurança pública estabeleça mecanismos de restauração da dignidade humana. Segundo ela, é preciso garantir os direitos de parcela da sociedade que hoje está invisível e tem o exercício de cidadania comprometido pela insegurança.
A data do encontro será decidida ainda esta semana.

Melhoria da saúde masculina

Uma rede de serviços voltada para melhorias na saúde do homem será construída nos estados e nos municípios. A medida é uma das ações previstas na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem desenvolvida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).

A política tem por objetivo melhorar as condições da saúde masculina no país e acabar com os preconceitos. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do CNS, Francisco Batista Júnior, afirmou que a falta de preocupação do homem com a sua saúde é fruto de uma sociedade preconceituosa. Para ele, a reeducação é uma solução para o problema.

"Temos que investir numa nova educação voltada para a superação do preconceito para que o homem admita as suas fragilidades e passe a se preocupar com a sua saúde física e mental", disse.

Rede de saúde do homem

De acordo com Batista Júnior, a política abrange parcerias entre os órgãos de saúde e as instituições que trabalham nas áreas de educação e segurança, para que sejam alcançados os objetivos previstos na medida.

Na comparação com a mulher, o presidente do CNS afirmou que a situação da saúde masculina no Brasil exige mais preocupação das autoridades públicas devido ao atual quadro de desinformação.

"A situação da saúde do homem no Brasil é dramática. O número de mortalidade dos homens é mais alto que o das mulheres. Eles [homens] procuram dez vezes menos o serviços de saúde, sofrem pelo preconceito e falta de informação sobre a sua saúde, o que dificulta no desenvolvimento do serviço prestado,", afirmou

Por que os homens não procuram os médicos

Para Batista Júnior, a falta de interesse do homem em procurar um médico para a prevenção de doenças causa grandes prejuízos para ele e para a população.

"Há índices altíssimos de câncer de próstata, intestino e estômago entre os homens. Em decorrência da negação dos homens para se submeterem aos exames periódicos. A falta de interesse na prevenção de doenças masculinas traz um custo muito elevado para a população não só econômico, mas também social", disse.

A proposta para a implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde

Fonte: Agência Brasil

sábado, 11 de julho de 2009

Armas matam 33 mil pessoas por ano no Brasil

O Dia Internacional de Destruição de Armas, comemorado em 9 de julho, traz à tona um dos temas centrais para a redução da violência. Instituída em 2001 pelas Nações Unidas, a data fecha a Semana de Ação Global contra a Violência Armada, quando a sociedade civil organiza ações para divulgar e exigir a criação de um Tratado Global de Armas. Atualmente, mais de 600 milhões de armas de fogo circulam em todo o mundo e são responsáveis pela morte de 740 mil pessoas por ano. No Brasil, elas causam a morte de mais de 33 mil pessoas a cada ano.

Segundo a Control Arms - campanha formada pela Oxfam, Iansa e Anistia Internacional -, existe uma arma para cada dez pessoas do planeta. Uma média de 800 mil armas de fogo são destruídas todos os anos, mas o problema avança: para cada arma destruída no mundo, outras dez são fabricadas.

No Brasil, quase 500 mil armas foram recolhidas e destruídas na Campanha de Desarmamento realizada pelo governo federal entre 2004 e 2005. "Destruir os excedentes de armas, restringir o seu uso por civis, dificultando a sua fácil obtenção e o seu uso indevido, ao mesmo tempo que combater com rigor a criminalidade, devem ser prioridades de uma política séria de pacificação do Rio de Janeiro", defende Antônio Rangel Bandeira, coordenador do Projeto de Controle de Armas do Viva Rio. Em 2001, durante a campanha Rio sem Armas, foram destruídas 100 mil armas de fogo.

Graças à entrada em vigor do Estatuto do Desarmamento, em dezembro de 2003, e à campanha do desarmamento, o número de mortes por armas de fogo caiu 12%, de acordo com dados do Ministério da Saúde, representando mais de cinco mil vidas salvas. No entanto, 17 milhões de armas de fogo continuam em circulação no Brasil, 90% delas nas mãos da sociedade e 50% na ilegalidade.

Apesar de se tratar de uma das regiões mais afetadas pela violência armada do mundo (sem levar em consideração países em guerra), a América Latina é a região líder na implementação de medidas para um maior controle de armas, tanto em escala nacional como regional. Mesmo assim, de acordo com o Small Arms Survey, mais de 40% dos homicídios com armas de fogo ocorrem nessa região.

"Uma das pessoas que, nos últimos anos, mais trabalhou por um melhor controle de armas de fogo no Brasil, na América Latina e no mundo foi o pesquisador do Viva Rio Pablo Dreyfus, que, junto com sua esposa Ana Carolina, também pesquisadora do Viva Rio, estava no voo AF 447 da Air France. "Uma perda irreparável, inconsolável, para o controle de armas e para a humanidade", comentou Daniel Luz, pesquisador do Projeto de Controle de Armas do Viva Rio.


Defensoria Pública faz mutirão em Planaltina

A Defensoria Pública do Distrito Federal promove, neste domingo (11/7), mais um mutirão de orientação jurídica para a população carente de recursos financeiros para pagar um advogado e custas judiciais.
O mutirão será realizado, das 8 as 17h, no Centro de Ensino Fundamental, localizado no Condomínio Estância III – Estância Mestre D’armas III – Módulo 01 – Rua 01 – Conjunto A16, na cidade satélite de Planaltina.
Cerca de 30 profissionais, entre defensores públicos, estagiários e servidores do Centro de Assistência Judiciária do Distrito Federal vão prestar orientação e assistência jurídica integral e gratuita à população.
Durante todo o dia, a população vai poder tirar dúvidas e ter atendimento especializado sobre questões jurídicas nas áreas de direito do consumidor, família, civil e criminal.

O cidadão interessado em ser atendido durante o mutirão deverá comparecer ao local munido dos seguintes documentos:
- Documentos Pessoais (Identidade e CPF)

- Comprovante de Residência - Comprovante de Renda

- Certidão de Casamento

- Certidão de Nascimento dos Filhos

- Sentença Judicial (se tiver) - Comprovação dos Bens

- Nome e endereço de pelo menos duas testemunhas A Defensoria Pública do DF é órgão do Governo do Distrito Federal, vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania.

Mais Informações:
Assessoria de Imprensa da Defensoria Pública do Distrito Federal Roberta Rodrigues

- (61) 9970-2369

terça-feira, 7 de julho de 2009

PEC proíbe progressão de pena para crimes hediondos

Tramita na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição 364/09, do deputado Valtenir Pereira (PSB-MT), que determina o cumprimento integral da pena em regime fechado nos casos de tortura, tráfico de drogas, terrorismo e crimes hediondos.

A proposta restabelece dispositivo antes contido na Lei dos Crimes Hediondos, de 1990, que foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2006. A lei determinava que a pena relativa a esses crimes seria cumprida integralmente em regime fechado, mas o STF considerou que essa norma atentava contra os princípios constitucionais da isonomia e da individualização da pena. O primeiro princípio pressupõe igualdade de tratamento para pessoas na mesma situação, e o segundo estabelece que a pena deve atender as peculiaridades de cada condenado, de forma a propiciar sua ressocialização.

O deputado argumenta que o princípio da isonomia consiste em tratar os iguais de maneira igual, e os desiguais de forma desigual, na medida de sua desigualdade. Assim, defende um tratamento mais rigoroso para os condenados por crimes hediondos e assemelhados.

Quanto ao princípio da individualização da pena, o deputado argumenta que já está contemplando na Lei de Execução Penal, que prevê o estudo criminológico do preso para o fim de adequação do cumprimento de sua pena.
"Apenas o bom comportamento carcerário não significa que o preso está apto a uma boa convivência no seio da sociedade. Conceder a progressão de pena como estímulo ao bom comportamento do delinquente não se justifica a esse tipo de criminoso", afirma Valtenir.

Ele argumenta também que crimes dessa magnitude "causam um trauma incurável para a sociedade" e devem receber punição mais rigorosa. Sanções brandas, em sua concepção, "causam sensação de impunidade e estímulo à prática criminosa".

O deputado deu a sua proposta o nome de Kaytto, em homenagem ao menino de 10 anos violentado e morto por um pedófilo em Mato Grosso. O autor do crime já havia sido condenado a 46 anos de prisão por violentar e assassinar outro menino de 8 anos, além de violentar e tentar matar outro de 13 anos. Após cumprir nove anos de pena, recebeu o benefício da progressão de pena e passou para o regime aberto.

Tramitação
A PEC será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto à admissibilidade. Se aprovada, será analisada por uma comissão especial a ser criada especificamente para esse fim. Depois, seguirá para o Plenário, onde precisará ser votada em dois turnos.

Fonte: Agência Câmara

domingo, 5 de julho de 2009

Mães de São Sebastião pedem socorro

Nas marcas do rosto, a expressão do sofrimento, da dor presa no peito. No olhar, um pedido desesperado de ajuda, tantas vezes pronunciado, mas nunca ouvido. Esses, entre outros, os pontos comuns de um grupo de mulheres que, no fim da tarde de sábado (4/6), se reuniu com a subsecretária de Proteção às Vítimas de Violência, Valéria de Velasco, e sua equipe, em uma sala na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em São Sebastião.

"São mães que morrem junto com os filhos. Mães que são perseguidas junto com seus filhos. Filhos que são viciados em drogas. Que são vítimas das brigas de gangues juvenis. Mães que são vistas como mães de bandidos". Foi assim que Maria Zuína, funcionária da Administração de São Sebastião, descreveu o perfil das mulheres reunidas na pequena sala cedida pela igreja.
Estudante de teologia, Zuína resumiu o desejo da maioria: "Se tivesse um grupo de apoio seria muito bom. As mães, aqui, estão jogadas ao léu".

Para começar o encontro, a subsecretária fez um breve relato sobre a criação do Pró-vítima. O programa, instituído em 15 de abril deste ano, era um dos compromissos do secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania Alírio Neto,engajado no combate à violência em todas as suas formas e expressões. O Pró-vítima, um programa inédito no país, foi criado para fazer um trabalho com as vítimas de violência. São pessoas invisíveis, que ficam fragilizadas, deprimidas, doentes. São famílias que carregam a dor diante da perda de um dos seus entes e ficam sem saber o que fazer. O programa presta assistência jurídica e psicossocial aos familiares e vítimas de violência.

A reunião foi provocada por Ivanilde, moradora de São Sebastião. A violência roubou-lhe três filhos. Hoje, ela é uma ativista da construção de uma cultura de paz. Apesar da dor, que não passa, ela recebe todos com um sorriso nos lábios.

Para quebrar a formalidade e tornar o diálogo mais próximo, as cadeiras foram dispostas em semicírculo. As mulheres começaram a vencer a timidez e a revelar seus dramas. Os depoimentos da maioria das mulheres confirmaram a descrição feita por Zuína, minutos antes do início da reunião.

Para Valéria de Velasco, a realidade de São Sebastião exige ações não só do Pró-vítima, mas também de outros setores do governo. Exige um trabalho profundo com a comunidade e um envolvimento de todos para pacificar os jovens. “Precisamos refletir e ver o que podemos fazer para romper com esse círculo de violência”, diz a subsecretária ao convocar sua equipe para uma reunião em que serão discutidas alternativas para acolher e dar assistência a tantas vítimas de violência identificadas no primeiro encontro.

A seguir, um resumo de uma pequena parte dos depoimentos colhidos. Os nomes usados são fictícios em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

“Não quero guerra”
Maria, separada do marido, desempregada, oito filhos – agora, apenas sete – conteve com dificuldades as lágrimas ao relatar a execução do seu filho de 18 anos.O jovem foi morto com três tiros – dois nas pernas e um no peito – quando esperava, em cima de sua bicicleta, o pai retornar da farmácia para lhe entregar dinheiro. Segundo ela, o rapaz foi morto em razão da rivalidade que existe em São Sebastião entre os diferentes setores da cidade, e que originou a formação das gangues juvenis
Em relação aos assassinos de seu filho, Maria diz que não quer fazer nada. “Deus toma conta. Não quero guerra”. Mas ela não chora apenas a morte do filho. Expressa profunda dor ao falar de uma das filhas, que se envolveu com as drogas e vive no Plano Piloto. Não sabe como resgatar a filha perdida. Para Maria, o primeiro passo para recompor sua vida é um emprego. Mas como conquistar esse espaço?

Gravidez precoce
Carmem mora no bairro Centro e vive um drama semelhante ao de outras mães. A filha, 16 anos, engravidou de um adolescente infrator, envolvido com drogas e apreendido em flagrante quando praticava um furto. Maria não pede nada para si. Quer apenas apoio para sua filha.

Distância
Socorro quer assistência psicológica e, mais que isso, distância de dois dos seus três filhos. Os dois jovens mergulharam no mundo das drogas e dilapidaram seu patrimônio e, principalmente, a sua vida. Ela fugiu para o Rio de Janeiro e, em seguida, para o Ceará. Há pouco tempo retornou ao Distrito Federal e comprou uma casinha em São Sebastião. O filho mais velho, vítima dos irmãos, vive em Pernambuco. “O que os olhos não veem e os ouvidos não escutam, o coração não sente. Tudo que quero é distância dos meus filhos”, diz Maria.

Tiroteio
Há cerca de dois meses, um motoqueiro com o rosto encapuzado invadiu uma das ruas de São Sebastião atirando. O alvo eram três jovens. Um deles, 15 anos, foi alvejado e a bala está alojada próxima à medula. O suspeito foi reconhecido. De acordo com o relato das mães, a polícia diz que nada pode fazer por falta de provas. Uma das mulheres decidiu dormir na porta de casa, certa que dessa maneira poderá evitar um novo atentado contra seu filho. A outra, com o filho em cima da cama, tem o mesmo temor. Mas o jovem, ao mesmo tempo em que foi vítima da violência, é também infrator. E sua mãe luta para adiar o cumprimento da pena de ressocialização, a que foi sentenciado. “Ele não pode se levantar da cama, se for para a instituição poderá ficar aleijado para sempre”, diz ela.
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SÃO SEBASTIÃO:
A população de São Sebastião está estimada em mais de 100 mil habitantes e com uma concentração predominantemente jovem, onde 47% (42.000 pessoas) da população tem menos de 20 anos de idade. Destes, 25,45% (10.500) são crianças até 10 anos. Na faixa dos 20 a 30 anos, encontra-se 20% da população. Apenas 3% das pessoas têm mais de 60 anos de idade. 51% são mulheres e 49% homens. A cidade fica a 30Km do centro de Brasília.Fonte: Governo do DF.

Equipe do Pró-vítima, que passou a tarde de sábado (4/6) em São Sebastião: Valéria de Velasco (subsecretária), Poliana Santos (Serviço Social), Kândrea Nascimento e Paola Araújo (Psicologia), Suzi Araújo e Ângela Lima (Núcleo Jurídico), Rosane Garcia (Imprensa) e Adriano Lisboa (Administrativo)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pró-Vítima realiza conferência livre

A Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus-DF), realiza, às 19h do dia 9 próximo, a Conferência Livre "Prevenção social das violências em construção da cultura de paz - A paz que queremos". No encontro serão levantadas propostas para a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública. A conferência livre será no Colégio Sigma da Asa Norte (SGAN 910).

De acordo com a subsecretária Valéria de Velasco, no Distrito Federal, o número de vítimas de violência exige uma mobilização social urgente que resulte em medidas capazes de permitir a construção efetiva da paz. Em 2008, foram registradas
230 ocorrências de estupro, 670 homicídios, 61 latrocínios e 48 atropelamentos fatais, sem contar as demais ocorrências criminosas como seqüestro relâmpago e outras.

"As estatísticas apontam para a importância da I Conferência Nacional de Segurança Pública que ocorrerá em agosto, no Distrito Federal, um evento inédito e pioneiro que se propõe a construir políticas permanentes de Estado na área da segurança e cidadania. O primeiro passo dessa medida inovadora é levantar propostas junto à sociedade civil", afirma o secretário de Justiça do DF, Alírio Neto.




Dia: 9 de julho de 2009 - Horário: 19 horas
Local: Auditório do Colégio Sigma da Asa Norte
SGAN 910 - Módulo E - ao lado da Casa do Ceará
Informações: (61) 3905-1434 ou 3905-7152