terça-feira, 4 de agosto de 2009

Brazlândia pede paz

Entre abril e julho deste ano, 12 jovens foram mortos em Brazlândia. Os criminosos presos estão de volta às ruas. Para a comunidade, a insegurança na cidade não é por falta de policiamento. Os moradores responsabilizam a Justiça, que acolhe os mais diferentes recursos e concede a liberdade até mesmo aos que foram presos em flagrante. Sábado último (1/8), cerca de 100 moradores do bairro Veredinha participaram da segunda Caminhada pela Paz, coordenada pelo líder comunitário Sebastião.

"Aqui, em Brazlândia, vivemos uma situação muito séria. Não tem uma semana que não morte de um jovem. E o que vai acontecer? Não vai sobrar um jovem se todo mundo ficar de braço cruzado", afirmou Clarice Francisco dos Santos Oliveira, mãe de Vandinho, jovem morto há poucas semanas. Ao lado de sua mãe, dona Brasilina dos Santos, Clarice era mais uma das muitas mães e parentes que perderam seus filhos na cidade.

Do alto de um caminhão de som, Sebastião convidava a comunidade participar da caminhada e reforçar a demonstração de indignação e tristeza daqueles que tiveram seus filhos mortos. Leu a relação dos casos mais recentes e defendeu mudanças na legislação que leva a Justiça a libertar agressores e homicidas.
A subsecretária de Proteção às Vítimas de Violência, Valéria de Velasco, também participou da caminhada. Ela explicou a importância do programa, Pró-Vítima, criado na gestão do secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Alírio Neto, que busca acolher e dar assistência psicossocial e jurídica às vítimas das diferentes formas de agressão.
A Caminhada pela Paz, iniciada por volta das 16h, no bairro Veredinha, percorreu mais de 10 quilômetros e terminou no centro de Brazlândia.

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