quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Testemunhas contradizem tese da defesa de motorista que matou Pedro Davison

Duas testemunhas foram ouvidas no julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília do contador Leonardo da Costa, acusado de homicídio doloso pelo atropelamento e morte do ciclista Pedro Davison, em 19 de agosto de 2006, na faixa central do Eixão, na altura da 114 Sul. O primeiro a depor foi o economista Pérsio Davison, pai da vítima. Emocionado, ele relatou que encontrou o corpo do filho destroçado no asfalto e fechou os olhos de Davison. “Como pai também sou vítima desta violência que arrebatou a vida de meu filho aos 25 anos. Levanto todos os dias e vejo a tristeza nos olhos da minha família. Não gostaria de ver a segunda morte do meu filho, que é a impunidade”, disse Pérsio Davison. Segundo ele, o laudo pericial mostrou que Pedro Davison usava todos os equipamentos necessários, como capacete e roupa com adereços fluorescentes necessários para andar de bicicleta à noite e ser visto a distância por condutores de outros veículos.
O depoimento do porteiro José Newton dos Santos — o segundo a depor — não deixou dúvidas de que o contador Leonardo da Costa dirigia em alta velocidade na faixa presidencial do Eixão, proibida ao tráfego de veículos. Por pouco ele também não foi mais uma vítima do motorista. “A minha vida foi salva por um fio, não tenho dúvida”, disse. Segundo ele, quando atravessava a faixa, conseguiu desviar do carro para, segundo depois, ouvir um barulho. José contou que seguiu em frente e na parada da ônibus viu a aglomeração de pessoas e retornou à faixa central, onde viu o corpo do ciclista morto estendido no chão. José Newton reafirmou que o contador estava trafegando na faixa central, o que contradiz a afirmação do advogado de defesa

Nenhum comentário :

Postar um comentário