quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Caso Pedro Davison: começa o julgamento


Vinicius Borba
Estagiário de Jornalismo com redação

Começou, às 9h40, no Tribunal do Júri de Brasília, o julgamento do contador Leonardo Luiz da Costa, acusado de homicídio doloso e omissão de socorro. Na noite de 19 de agosto de 2006, ele atropelou e matou o biólogo e ciclista Pedro Davison (foto), na faixa central do Eixão, via proibida ao tráfego de veículos, na altura da114 Sul. O contador fugiu do local e foi detido em seguida por uma blitz policial. Ele estava embriagado e com a carteira e habilitação vencida.
Antes do início do julgamento, familiares e amigos de Pedro Davison fizeram uma manifestação diante do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Exigiram justiça para o ciclista morto a quatro dias de ser diplomado pela Universidade de Brasília e no dia em que sua filha fazia aniversário.
O Júri Popular está sendo presidido pelo juiz João Egmont Leôncio Lopes. A acusação será feita pelo promotor José Pimentel Neto, que conta com a assistência dos advogados Carlos Eduardo Carvalho Lima e Fabrício Aquino. O advogado de defesa Wagner Pereira da Silva rejeitou a presença de mulheres na composição do júri. Ele alega que o seu cliente não invadiu a faixa presidencial para trafegar, mas fez apenas um pequeno desvio. Em contrapartida, testemunhas asseguram que o contador Leonardo da Costa trafegou por um longo trecho na via central, ultrapassando os veículos que estavam na pista da esquerda. O laudo da perícia revela que o contador estava a pelo menos a 90Km/hora quando atingiu Pedro Davison, arremessando o corpo do ciclista a 64 metros de distância. Chamou a atenção da pericia o fato de não haver marcas de freagem no asfalto.
A defesa também contesta a versão do policial que deteve Leonardo da Costa. De acordo com o soldado da PM, o contador manifestava sinais evidentes de embriaguês. O exame visual dos peritos da Polícia Civil confirma o testemunho do policial, apesar de não realizado exame de sangue ou submetido o acusado ao teste do bafômetro.
Serão ouvidas cinco testemunhas de acusação e igual número de defesa. Às10h20, o juiz JoãoEgmont suspendeu a sessão para permitir aos jurados a leitura do processo.

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