quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Contador admite que dirigia sob efeito de álcool

Por falta de consistência, foram dispensados os depoimentos das testemunhas de defesa do contador Leonardo da Costa, acusado de homicídio doloso pelo atropelamento e morte do ciclista Pedro Davison, em agosto de 2006, na faixa central do Eixão, na altura da 114 Sul.

Às 12h25, o juiz João Egmont e os sete jurados começaram a ouvir o depoimento do réu Leonardo da Costa, 33 anos, separado da mulher, há quatro anos, e pai de um adolescente de 12 anos. Ele relatou que, no sábado da tragédia, acompanhado de Carlos Daniel, funcionário da empresa da família, por volta das 16h foi a casa de um tio que não estaria em casa, no Park Way. Saiu de lá e seguiu em direção a casa de outro amigo na Asa Norte. Admitiu que no caminho parou num posto de gasolina para abastecer o carro e bebeu cerveja com o funcionário Carlos. Segundo ele, ambos beberam apenas uma lata. No trajeto, como havia um carro fechando a passagem na via da esquerda, ele invadiu a faixa presidencial para fazer a ultrapassagem. Leonardo disse que sentiu um forte impacto no carro e tentou manter a versão que teria batido apenas com a lateral do carro no ciclista. Essa tentativa foi desmentida por ele mesmo, ao reconhecer que o vidro frontal do carro ficou totalmente estilhaçado. Mas ele não parou o carro e seguiu adiante. O contador argumentou que não supôs que teria atingido uma pessoa e disse ainda não lembrar que segundos antes de atingir Pedro Davison, por pouco, não atropelou o porteiro José Newton, outra testemunha do caso que depôs confirmado ter quase perdido a vida naquela noite.

“Se eu pudesse ter ficado em casa quatro anos atrás o teria feito. Não fiz de propósito”, disse o contador, referindo-se ao atropelamento de Pedro Davison. Leonardo afirmou ainda que é pai e também sofre pelo ocorrido.

Logo depois de encerrado do depoimento do réu, foi exibido um vídeo produzido pela família sobre a vida de Pedro Davison. A emoção invadiu a sala do Tribunal do Júri de Brasília. A mãe do ciclista, a economista Elizabeth Davison (foto), diante das imagens do filho,  não conteve as lágrimas.

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