Às 12h25, o juiz João Egmont e os sete jurados começaram a ouvir o depoimento do réu Leonardo da Costa, 33 anos, separado da mulher, há quatro anos, e pai de um adolescente de 12 anos. Ele relatou que, no sábado da tragédia, acompanhado de Carlos Daniel, funcionário da empresa da família, por volta das 16h foi a casa de um tio que não estaria em casa, no Park Way. Saiu de lá e seguiu em direção a casa de outro amigo na Asa Norte. Admitiu que no caminho parou num posto de gasolina para abastecer o carro e bebeu cerveja com o funcionário Carlos. Segundo ele, ambos beberam apenas uma lata. No trajeto, como havia um carro fechando a passagem na via da esquerda, ele invadiu a faixa presidencial para fazer a ultrapassagem. Leonardo disse que sentiu um forte impacto no carro e tentou manter a versão que teria batido apenas com a lateral do carro no ciclista. Essa tentativa foi desmentida por ele mesmo, ao reconhecer que o vidro frontal do carro ficou totalmente estilhaçado. Mas ele não parou o carro e seguiu adiante. O contador argumentou que não supôs que teria atingido uma pessoa e disse ainda não lembrar que segundos antes de atingir Pedro Davison, por pouco, não atropelou o porteiro José Newton, outra testemunha do caso que depôs confirmado ter quase perdido a vida naquela noite.
“Se eu pudesse ter ficado em casa quatro anos atrás o teria feito. Não fiz de propósito”, disse o contador, referindo-se ao atropelamento de Pedro Davison. Leonardo afirmou ainda que é pai e também sofre pelo ocorrido.
Nenhum comentário :
Postar um comentário