quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Motorista bêbado mata 3 e vai a júri popular em Ceilândia

O motorista Márcio Carlos Batista Fontenele  enfrentará, em 12 de novembro, o júri popular, no Fórum de Ceilândia. Em 28 de junho do ano passado, ele dirigia o ônibus que bateu no carro conduzido por William Gomes, consultor administrativo do Ministério da Saúde. Com a colisão, morreram Ana Paula Soares da Silva, 23 anos (foto), mulher de William, Lucas Levir Gomes da Silva, 4 anos, e Luiz Henrique Souza, 3 anos. William e a sogra Nilma Soares ficaram seriamente feridos. Ela, diante da gravidade dos ferimentos, ficou incapacitada para o trabalho. E William, diante do trauma, não consegue mais ficar sozinho. A tragédia ocorreu na BR-190, no sentido Brasília/Santo Antônio do Descoberto. William e sua família voltavam de um passeio.
Márcio Fontenele estava completamente embriagado ao volante do ônibus. No momento em que foi abordado pela autoridade policial, ele chegou a se gabar do "estrago" que havia provocado, em que três pessoas, das quais duas crianças, morreram. Em 28 de junho, a Lei Seca completava uma semana de vigência em todo o país.
Há mais de um ano, Dulce Gomes, mãe de William, trabalha para que o motorista Márcio Fontenele seja julgado e punido por homicídio doloso. Em depoimento à Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência (Pró-Vítima), Dulce disse que espera que a lei seja aplicada e que a punição seja exemplar para inibir a perversa combinação de álcool e volante. "Não quero que outras famílias passem pelo que eu estou passando. Perdi uma nora, um neto e, hoje, vejo o meu filho sem condições de voltar à vida normal", disse Dulce, que buscou no Pró-Vítima assistência psicológica para William e para a sogra de seu filho, Nilma Gomes.
De acordo com Dulce, Nilma Gomes teve a maioria dos ossos da face esfacelados. Ela foi submetida a uma cirurgia de emergência, com indicação médica para que outras intervenções fossem feitas a fim de reparar os danos provocados com o acidente. No entanto, o prontuário de Nilma teria sido perdido e, mais de um ano depois, ela convive com graves sequelas e sem conseguir o atendimento médico necessário.

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