sexta-feira, 30 de abril de 2010

Desarmamento: DF recolheu mais de 19 mil armas em 2 anos

Mais de 8 milhões de armas de fogo estão em circulação no Brasil, sendo parte em poder das forças de segurança e também nas mãos dos cidadãos comuns. O dado consta da pesquisa sobre a implementação do Estatuto do Desarmamento (Lei n° 10.826/2003), elaborada pelo Instituto Sou da Paz e pelos colaboradores da Rede Desarma Brasil, divulgada nesta quinta-feira (29/4) na Câmara Federal. No Distrito Federal, as polícias Civil e Federal apreenderam, entre 2007 e 2009, 19.380 artefatos. Nos dois últimos anos (2008 e 2009), na capital federal foram entregues 11.356 unidades, mostrando que o brasiliense foi o que melhor respondeu ao apelo da campanha de recolhimento de armas em todo o país. Embora os números tenham forte oscilam de uma unidade para outra da Federação, a pesquisa constatou que desde a vigência do Estatuto do Desarmamento ocorreu um recuo de 90% no comércio de armas e de munição em todo o Brasil.
Hoje, a preocupação das instituições integrantes da Rede Desarma Brasil, entre elas o Pró-Vítima, é fazer avançar a implementação do Estatuto e aprimorar os mecanismos legais para reduzir cada vez o número de armas em circulação no país, além de reforçar os instrumentos de controle dos artefatos e munições, como estabelecido na legislação.
A reunião da Rede Desarma Brasil, iniciada quarta-feira (28/4), na capital federal, contou com a participação de representantes do Ministério da Justiça, de instituições engajadas no enfrentamento da violência da maioria dos estados brasileiros, e da subsecretária de Proteção às Vítimas de Violência, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Valéria de Velasco.

Campanha
Os participantes concluíram que em 2010 não haverá uma campanha nacional pelo desarmamento (entrega espontânea de armas no país), como ocorreu em anos anteriores. A decisão leva em conta a Copa do Mundo de Futebol, que começará em 11 de junho próximo, na África do Sul, e campanha eleitoral deste ano. Os dois eventos, de enorme significado para os brasileiros, desviariam complemente a atenção dos brasileiros, o que comprometeria o impacto da campanha na sociedade brasileiro, a exemplo do que ocorreu em anos anteriores. Além disso, há entraves financeiros para uma campanha publicitária em âmbito nacional. A alternativa proposta pelos participantes do encontro é a promoção de campanhas e eventos regionais, considerando a diversidade das realidades locais.

Um comentário :

  1. A sim á necessidade de ser refeita a campanha! Pra reavisar a população do risco constante que vivemos na mira daquele que possui a arma de fogo e não possui o porte da arma de fogo...

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