sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Trânsito: Diretor da Emplavi pode ir a júri popular

No início de novembro, o juiz Sandoval Gomes deverá anunciar a sua decisão sobre o pedido da acusação de levar o diretor da Emplavi, José de Araújo Arruda, 33 anos, a júri popular. Ele á acusado de dirigir alcoolizado e provocar a morte de Carlos Alberto Silva, 51 anos, e Carlos Alberto Silva Júnior, 30 anos, respectivamente, pai e filho, em acidente de trânsito ocorrido em 14 de abril de 2009, na altura da 516 Sul. Na audiência de instrução e de julgamento, realizada ontem (21/10), no Tribunal do Júri, os familiares da vítima somaram-se à defesa para evitar que José de Araújo seja julgado por crime doloso (com intenção de matar) por um júri popular.

A advogada Iara Lobo, assessora jurídica da Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência e assistente da acusação, demonstrou, no entanto, que os familiares, atualmente, são dependentes financeiros do acusado. Paolla Cristina Silva Aragão, que perdeu o pai e o irmão na tragédia, vive maritalmente com José de Araújo , com quem namorava há dois meses antes da morte do pai e do irmão. Ela e mãe, viúva de Carlos Alberto Silva, atribuem o episódio a uma fatalidade.

Para a promotora de eventos Cláudia Chendes, viúva de Carlos Alberto Silva Júnior, a hipótese de fatalidade na cabe nesse caso. Ela lembra que José Araújo dirigia embriagado quando perdeu o controle da caminhonete L-200 Mitsubishi, placa DPA-0111-SP que conduzida e bateu de frente com um ônibus na W3 Sul, na altura da Quadra 516. O teste do bafômetro constatou, uma hora depois do ocorrido, que o diretor da Emplavi expelia 1,16mg de álcool por litro de ar do pulmão, quando o máximo permitido é 0,3mg. José de Araújo foi preso em flagrante e chegou a ficar detido por cerca de 10 dias na Papuda, mas conseguiu por meio de habeas corpus ser libertado.

A promotora de eventos avalia que os depoimentos de Paolla Cristina e da mãe em defesa do acusado não têm sentido, uma vez que está caracterizada a dependência financeira de ambas em relação a ele. Ela lembra ainda que, na ocasião, José Araújo acumulava 33 pontos na carteira de habilitação por, entre outras infrações, trafegar em alta velocidade. "Quem dirige embriagado assume a responsabilidade por matar", diz Cláudia, inconformada com a perda do marido.

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